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Pesquisas recentes apontam um aumento do uso de medicamentos de forma abusiva e sem orientação médica. A automedicação ocorre principalmente entre jovens de 18 a 24 anos (85%), adultos entre 25 e 34 anos (83%), dos 35 aos 44 anos (78%), e acima dos 65 anos (59%).
As consequências vão desde reações alérgicas, insuficiência hepática e renal, sangramentos gastrointestinais, interações medicamentosas, intoxicações, dependências, agravamento das doenças até a morte.
Receitas médicas são fundamentais
“O problema é a crença que medicamentos que não precisam de receita médica não fazem mal para a saúde. Analgésicos comuns, anti-inflamatórios e outros podem causar prejuízos na saúde que podem levar inclusive à necessidade de transplante, por falência de órgãos, e morte”, explica Amelie Falconi, médica, especialista em Tratamento da Dor pela AMP e professora de Medicina da Dor pelos cursos do Einstein-SP.
Em muitos casos, a frequente automedicação acaba escondendo condições clínicas severas, entre elas a dor crônica que sem orientação médica e tratamento adequado, acaba por agravar as condições. A ação também está associada a um fenômeno cultural de acreditar que, ao tomar o medicamento sem o consentimento médico, aliviará a dor e resolverá o problema.
Pandemia aumentou casos de automedicação
Com a pandemia, houve um aumento do uso abusivo dos medicamentos, seja pela falta de atendimento ou e médico adequado devido ao isolamento social, pelo medo de sair de casa, ou pelo aumento de ansiedade, depressão e pela síndrome do pânico gerada.
“É comum ouvir frases como ‘Fui ao médico e ele me ou uma vez’. Exato, ou uma vez. O seu uso possui uma duração de tempo limitada, e não deve ser usado rotineiramente. Se a dor voltou, procure novamente o seu médico para o seguimento do tratamento”, finaliza Amelie.
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Fonte: Revista da Farmácia