Farmácias: estabelecimentos de saúde e atividade comercial

É redundante falar sobre o tema da atual crise que atravessamos, pois somos bombardeados por todas as formas de mídia sobre o grave momento em que vivemos.

Revista da Farmácia (ed. 192):

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Luis Carlos Marins

É redundante falar sobre o tema da atual crise que atravessamos, pois somos bombardeados por todas as formas de mídia sobre o grave momento em que vivemos. Problemas que são oriundos da falta de gestão pública, corrupção e impunidade, com a conivência dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

Entretanto, gostaria de me ater à questão da desordem instalada na saúde pública nas esferas municipais, estaduais e federal, inclusive no sistema privado, face à precariedade que vai da infraestrutura básica até o atendimento mais complexo.

Indignamo-nos diariamente com os noticiários em todo o País, que mostram cidadãos pelos corredores dos hospitais, emergências superlotadas, onde faltam medicamentos, equipamentos, aparelhagens necessárias, e profissionais da área de saúde pessimamente remunerados, prestando atendimento desumanizado. Os planos de saúde cada vez mais iníveis à população devido ao crescente desemprego, inflação descontrolada e juros abusivos. Enfim, chegamos ao caos total.

Diante de todos esses problemas, a situação se agrava com a explosão da epidemia de dengue, zika e chikungunya e com o aumento dos casos de gripe H1N1, chamada popularmente de gripe suína. As estatísticas apontam para o crescente número de óbitos entre a população. Portanto, também é nossa responsabilidade ocupar o papel de estabelecimentos e profissionais de saúde na guerra contra esse surto.

As farmácias, as drogarias e os farmacêuticos estão presentes em todas as regiões do Brasil, inclusive onde não existem hospitais, médicos, postos de saúde. O setor precisa se mobilizar para conquistar de vez esse espaço na sociedade, de modo que possa promover, legalmente, campanhas de vacinação para a população, juntamente com as demais redes de atendimento do governo.

Por isso, vamos promover, em junho, um simpósio, na cidade do Rio de Janeiro, envolvendo os principais atores dessa discussão, a fim de discutir as reais possibilidades de contribuição dos estabelecimentos farmacêuticos no combate às epidemias. Temos elementos estratégicos para a prestação do serviço de vacinação à população. As pessoas serão beneficiadas devido à capilaridade das farmácias, à orientação farmacêutica, à prevenção por meio da educação, à ibilidade econômica e à própria vacinação.

É necessário que as lideranças do setor empresarial, os profissionais farmacêuticos e os órgãos regulatórios se unam em favor dessa população tão sofrida e carente de primeiros socorros. Eu acredito que a farmácia ainda será reconhecida como um estabelecimento de saúde e atividade comercial ao mesmo tempo. De alguma forma, vamos descobrir um meio de conciliar essas duas atividades sem prejuízo ao negócio e à sociedade.

Comunicação Ascoferj

 

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