Medicamentos genéricos: 17 anos depois, seguem fazendo história

Presidente executiva da PróGenéricos, Telma Sales faz um balanço do setor, que completa 17 anos no dia 20 de maio.

IMG_5741Por Telma Salles, presidente executiva da PróGenéricos 

Há 17 anos, os medicamentos genéricos chegavam ao mercado brasileiro de medicamentos para fazer história. E fizeram. Hoje já respondem por 30% dos medicamentos comercializados no país e são fundamentais na vida de muita gente.

Rapidamente, os genéricos se consolidaram como umas das mais importantes conquistas do país na área da saúde pública tornando-se imprescindíveis para garantia do o da população a medicamentos. Um bom exemplo é o volume de medicamentos genéricos dispensados por meio do  Programa Farmácia Popular; perto de 80%.

Um outro dado expressivo é que os Genéricos ampliaram, em média, mais de 1000% o volume consumido de substâncias para o controle de doenças crônicas como a  hipertensão, o diabetes e o colesterol.

Estes percentuais robustos nos mostram que antes dos genéricos muitos pacientes não podiam pagar por seus medicamentos de uso contínuo. Sabemos que pacientes crônicos sem assistência farmacêutica correta têm suas doenças agravadas e consequentemente am a representar um enorme custo para todo o Estado.

É oportuno ressaltar que não são apenas os portadores de doenças crônicas que se beneficiam com os genéricos. Toda a população, de uma forma geral, também. Hoje existem genéricos disponíveis para 95% das doenças conhecidas. Estes medicamentos também são líderes em vendas de produtos de uso ocasional, como antibióticos e anti-inflamatórios, além de somarem expressivas participações de mercados em diversas classes terapêuticas.

Com preços no mínimo 35% mais baratos, mas que podem em alguns casos ultraar a marca de 60%, os genéricos ao longo do tempo conquistaram a confiança da população. Mais de 70% dos consumidores afirmaram já ter feito uso de algum produto desta categoria, revelam pesquisas.

Entre os médicos, os genéricos também são bem avaliados. Mais de 80% afirmaram prescrever medicamentos genéricos aos seus pacientes, segundo levantamento do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). E não é por acaso que entre os 10 produtos mais prescritos em consultórios médicos Brasil afora, 7 são genéricos.

Historicamente, em períodos de crise como o atual momento, os genéricos am a ter um papel ainda mais fundamental para equilibrar o orçamento nos lares brasileiros. Consumidores am a substituir produtos de marca e acabam se fidelizando, afinal, só o genérico reúne atributos como preço baixo, qualidade, eficácia e segurança.

A criação do marco legal e regulatório dos genéricos no Brasil serviu ainda como experiência de extrema importância para o amadurecimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Na prática, temos hoje uma vigilância sanitária no país que não perde em nada para países desenvolvidos como EUA, Canadá, União Europeia, entre outros.

Do ponto de vista do desenvolvimento econômico, os genéricos também representaram uma oportunidade única de crescimento ao setor farmacêutico. Boa parte das indústrias que apostaram nos genéricos, hoje ocupam posição de destaque no ranking das maiores empresas. Entre as 10 maiores do país, 6 atuam no segmento de genéricos. Atualmente, de acordo com a Anvisa, existem 110 fabricantes registrados no Brasil.

No mesmo ritmo, a Associação Brasileira das Industrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, fundada em 2001,  também já se encontra consolidada como uma das mais importantes entidades representativas do indústria farmacêutica no país. É composta por 16 associados que respondem por 92% do mercado de genéricos e 34% do faturamento de toda indústria no país.

Foto de Viviane Massi
Viviane Massi
Jornalista especializada em Varejo Farmacêutico, área em que atua há 15 anos.
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